Porque em São Paulo não deveria chover.

São Paulo não foi projetada para a chuva. Isso é um fato, que além de fato é de conhecimento geral da nação. Você não precisa especificamente ser paulistano para saber que em dia de chuva, em São Paulo, o melhor a fazer é ficar aonde você está,do tipo "estátua".

O melhor de se estar em SP com chuva, e você ter aquela sensação de poder ficar em casa. Mas é daí que surgem os compromissos que não dá pra escapar. E corajosamente, você sai de casa, no frio e na chuva. Já se prepara com um coat longo, meia calça por baixo da legging, meia por cima de tudo e uma bota um pouco abaixo do joelho e lógico o guarda chuva. Você sai, de alguma forma você maneja de não se molhar (tanto) até pegar o ônibus, você desce e passa um carro que acha que a Rua Augusta virou Interlargos e passa naquela poça e você toma um banho e o amarelinho da risada da sua cara. Compromisso número 2 você anda pela Avenida Paulista, se desviando dos guarda chuvas malucos, aqueles que as pessoas ao invés de só de carregarem sobre as cabeças, elas estão brincando de "acerte o olho da pessoa do lado" ou de "dançando na chuva". Só por Deus. Felizmente a chuva para, e você feliz e contente quer voltar pra casa e se depara com o horário e vê que no relógio são 5 da tarde e o metrô deve (já) estar um caos. E você quer sentar em algum lugar e chorar mais não pode porque o banco está molhado e se nenhuma árvore caiu ou nenhuma rua encheu indiferentemente você vai pegar trânsito se tentar ir de ônibus, porque em São Paulo é a tendência da chuva (chuva=trânsito na certa).

E esse é o meu desabafo sobre a chuva, e um pedido para São Pedro. Vamos combinar Seu Pedro, chuva igual hoje, torrêncial e sem descanso, só entre a meia noite e 5 da manhã, durante o sono, quando a maioria das pessoas estão indoors e felizes em suas camas e debaixo de várias cobertas. Porque SP e chuva não combinam nem em pensamento.